O câmbio automático é muito prático para quem busca conforto no trânsito do dia a dia. No meio tráfego pesado, naquele para e para e quase não anda, ele troca as marchas por você, evitando o cansaço de ficar o tempo todo pisando na embreagem com a perna esquerda e a manopla com a mão direita. Por isso que se popularizado cada vez mais entre os brasileiros.
É muito comum ter dúvidas quanto ao seu funcionamento e também sua manutenção. Muitos questionam, por exemplo, se colocar a alavanca na posição N com o carro parado no semáforo ajuda a poupar combustível. Outros têm dúvidas sobre se segurar o veículo no acelerador em ladeiras pode causar desgaste. Vamos esclarecer essas e outras dúvidas, e acabar com mitos relacionados ao equipamento.
As trocas proporcionadas pelos câmbios automáticos estão cada vez mais rápidas, aproximando-se dos automatizados de dupla embreagem. O sistema permite fazer a mudança sem interromper a entrega de torque para as rodas, algo impossível com uma caixa manual, que exige desacoplar a transmissão do motor. Isso reduz o tempo de aceleração de 0 a 100 km/h.
É fato que, no passado, esse tipo de transmissão fazia o motor trabalhar sob regimes muito altos o que aumentava o consumo . Os câmbios automáticos modernos possuem eficiência muito maior do que há alguns anos, com trocas mais rápidas e melhor aproveitamento da curva de torque. Porém, os atuais têm um dispositivo chamado embreagem de bloqueio, que ajuda a manter os giros baixos em marchas reduzidas. Além disso, houve um aumento no número de marchas chegando a nove ou até dez, o que contribui para manter as rotações sempre próximas do ideal.
Em alguns casos, a vida útil pode chegar a 300 mil quilômetros. Se não houver problemas de operação ou qualidade, não há necessidade de trocar peças até pelo menos 150 mil quilômetros.
É muito alta a confiabilidade desse tipo de câmbio e, como o motorista não comanda diretamente sua operação, fica menos suscetível à falha humana. Mas quando ocorre um problema, o custo de manutenção é maior devido à complexidade do sistema, ao maior número de peças e ao alto percentual de componentes importados
Se o veículo está em uma descida íngreme na posição D, o efeito do freio-motor é pequeno, pois a transmissão engata uma marcha longa. Entretanto, é possível obter maior eficiência e não desgastar tanto os freios: em algumas caixas existem as opções L ou 1, 2 e 3, que mantêm uma marcha reduzida engatada. Essas opções também são indicadas para subidas de ladeiras. Outras caixas dispõem da opção de trocas manuais, pela própria alavanca ou por aletas atrás do volante, permitindo maior controle sobre a marcha escolhida.
O câmbio automático tem conversor de torque no lugar da embreagem, transmitindo torque através de fluido hidráulico. Portanto, não há desgaste ao manter o pé no acelerador para segurar o carro em uma ladeira.
Não é necessário colocar em neutro (posição “N”) cada vez que se para em um semáforo. Em carros modernos, a transmissão pode automaticamente entrar em neutro quando o motorista fica parado por um tempo. Além disso, há sistemas start-stop que desligam o motor automaticamente. Assim que o motorista solta o freio, a marcha é imediatamente engatada.
Em movimento, se forem seguidas as dicas do item 5, o nível de degradação será similar ao de um veículo manual. Saber usar as funções que priorizam o freio-motor garante que o câmbio automático não desgaste os freios excessivamente. Quando o veículo está parado com o freio acionado, não há movimento relativo nos freios, portanto, não ocorre desgaste.
Felizmente, a maioria das caixas atuais possui uma trava que evita que a alavanca deslize para o R por acidente, e dispositivos que impedem o acionamento da marcha à ré em velocidades altas. Mas caso isso ocorra com o veículo se movendo para frente pode causar um choque intenso em algumas peças do câmbio, levando à quebra.
Ele faz tudo por você e ao colocar na posição P, o automóvel aciona uma trava mecânica que impede a rotação das rodas de tração, auxiliando o freio de estacionamento, mas não o substituindo. O freio de estacionamento deve sempre ser acionado, especialmente em ladeiras.
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